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- Como ver as cerejeiras em flor...
Toda primavera, mais de 200 cerejeiras florescem no Brooklyn Botanic Garden, criando um dos espetáculos naturais mais mágicos de Nova York. Porém, tanta beleza atrai um desafio: quase 200 mil visitantes durante o pico da floração, transformando o que deveria ser sereno em um teste de paciência. Famílias com carrinhos de bebê disputam espaço nas alamedas, fotógrafos lutam por imagens sem pessoas ao fundo, e quem busca contemplação não consegue ouvir os pássaros. A frustração é grande quando você espera o ano todo por esse momento e encontra o jardim abarrotado. Chegar cedo já não garante tranquilidade, pois as redes sociais revelaram todos os 'segredos' da floração. Mas com as dicas certas, ainda é possível encontrar momentos de paz, com pétalas rosa caindo em caminhos vazios.

Melhor horário para evitar multidões
O segredo para apreciar as cerejeiras sem aglomeração está em entender as fases da floração, não apenas buscar o pico. A maioria visita quando 70% das flores estão abertas, criando horários de pico entre 11h e 15h. Quem conhece bem vem na fase dos primeiros botões - você vê menos flores, mas tem espaço para respirar. As manhãs de terça a sexta, logo na abertura (8h), têm 60% menos visitantes que os fins de semana. Dias chuvosos também são vantajosos - a chuva afasta os menos interessados e deixa as pétalas brilhantes. Fotógrafos encontram luz perfeita no 'horário dourado' antes do pôr do sol em dias de semana, quando as famílias já estão indo embora. Acompanhe a página Bloom Watch do BBG, mas lembre: quando anunciam o 'pico' é justamente quando deve evitar se quiser sossego.
Cantos secretos que quase ninguém visita
Enquanto todos se aglomeram na Cherry Esplanade, o jardim esconde outros locais tranquilos conhecidos principalmente por membros. O Japanese Hill-and-Pond Garden tem cerejeiras-chorões lindíssimas perto do portão torii, que florescem um pouco depois. Perto do Osborne Garden, três raras cerejeiras Ukon com flores amarelas quase não atraem visitantes. O segredo mais bem guardado é o caminho ao redor do Cranford Rose Garden, onde cerejeiras ornamentais emolduram vistas desobstruídas do Brooklyn Museum. Para cadeirantes ou famílias com carrinhos, a Cherry Walk na borda leste oferece caminhos largos e bancos longe dos pontos críticos. Não deixe de ver também a Coleção de Cerejeiras Anãs perto da Magnolia Plaza - perfeitas para fotos com crianças sem precisar esperar.
Preparação essencial para uma visita tranquila
O que você leva (ou não) faz toda diferença. Evite mochilas grandes, que exigem revista e criam filas - prefira uma bolsa transversal pequena. Leve um tapete compacto para sentar (não para piquenique, proibido nas áreas de floração, mas para descansar em caminhos menos movimentados). Baixe o mapa do jardim offline, pois o celular fica instável com tanta gente. Use sapatos fáceis de tirar, pois você os removerá frequentemente para fotos nos decks de madeira. Leve duas garrafas d'água - uma para beber e outra para borrifar no rosto, pois o calor refletido do chão surpreende. Com crianças, prepare atividades como contar pétalas ou caça às cores para mantê-las entretidas. E carregue totalmente o celular - você precisará de bateria para fotos e para checar o monitor de visitantes em tempo real do jardim.
Alternativas quando o BBG estiver lotado
Quando o jardim atingir capacidade (frequente no pico), há opções próximas igualmente belas. A Cherry Walk em Roosevelt Island tem variedades similares de cerejeiras à beira d'água, com vista para o skyline. No Green-Wood Cemetery, colinas históricas ficam cobertas de pétalas, com mausoléus criando cenários dramáticos pouco explorados. Para algo urbano, as ruas de Ditmas Park formam túneis florais residenciais. Floristas como a Gowanus Flower Shop fazem lindas instalações com ramos de cerejeira para quem prefere apreciá-las dentro de casa. Se quiser mesmo ir ao BBG, considere o horário exclusivo para membros de manhã cedo - o passe diário custa menos que a frustração de lidar com multidões. O jardim também abre algumas noites durante o Hanami, quando lanternas de papel iluminam as flores para uma experiência noturna mais tranquila.